Resenha: Blood Bonds (The Bonds That Tie #3) - J. Bree

  


Série: The Bonds That Tie #3

 Autora: J. Bree

Gêneros: Harém Reverso,Cliffhanger,Romance Paranormal,Diferença de Idade,Colegial,Friends to Love

É com muita emoção e alegria que faço a resenha desse livro; passei meses esperando pela continuação e acabei lendo tudo em uma noite e meio-dia. O livro começa com um prólogo de quando Oleander tinha 14 anos, e tem alguém falando com ela sobre o quanto ela é perigosa para os Bonds dela. Não ficou claro para mim quem é a pessoa com quem ela estava conversando, mas fiquei com muita dó dela. Ela acabou de saber quem são as pessoas que estão destinados a ficar com ela, e ela vai pensando sobre o quanto tá nervosa com isso, principalmente por que três deles são mais velhos. É muito fofinho esses pensamentos dela, o receio de como lidar com o North que é quase uma década mais velho do que ela, pensando nos garotos (no caso Atlas e Gabe) que tem a mesma idade que e como ela quer que eles sejam seus amigos antes de concluírem o vínculo. 

Fiquei aqui pensando sobre como seria a história se ela não tivesse que ir embora, e inclusive se você tiver alguma fanfic sobre isso eu super gostaria de ler porque imagina: a Oli com seus 14 aninhos nessa dinâmica, que loucura... O North bancando o "pai"/futuro namorado, é até bizarro pensar nisso... Eu vi que algumas leitoras reclamaram sobre esse fato, dessa sociedade onde independente da sua idade o seu Bond meio que tem ali um controle sobre você ou uma responsabilidade. Me lembrou até um pouquinho do universo de omegaverse, mas vamos continuar aqui.


O primeiro capítulo começa exatamente do ponto em que parou o livro anterior, e dessa vez a gente conhece um pouquinho mais sobre o que é a resistência, como funciona o acampamento deles e seu líder, Silas fdp. A Oli  tem uma espécie de tratamento Vip nesse lugar por conta dos poderes dela, o que significa que ela tem o seu próprio quarto/cela, recebe três refeições por dia e é cobaia em sessões de tortura. 

Foi muito interessante também ver como o vínculo da Oli funciona. Quando ela fica com os olhos negros eu entendia que tinha alguma coisa que subia à tona, como se não fosse ela. Foi algo que até me deixou muito confusa nos outros livros, essa dupla personalidade que ela tinha, e essa necessidade de prender o vínculo dentro dela mesma. E nesse livro realmente tem a confirmação de que sim, é como se tivesse outra pessoa dentro dela. Ela não é a única que tem isso, mas o que dá entender é que isso não é normal e não é todo mundo que tem um vínculo tão forte e tão ativo a ponto de assumir personalidade própria.

Uma adição muito importante foi capítulos narrados pelo ponto de vista desse vínculo, que além de explicar muita coisa faz a gente dar boas risadas. O vínculo da Oli é arrogante, egocêntrica, debochada, irônica, e em vários momentos ela se intitula como uma espécie de deusa. 


Mas cá entre nós? Ela realmente tem moral para se achar. Ela acaba com acampamento da Resistência, ela consegue matar pessoas em segundos,  e acho que esse foi o livro em que até agora mais mostrou a força dela: não tem limites. Quando o vínculo assume, é como se a personalidade da Oli mudasse para uma bad girl ultra fodona. Eu amei. 

Todas as pessoas, até mesmo os aliados ficam com medo dela, mas então a gente sabe que a maioria das pessoas têm medo do Bond Monster, e que por mais que respeitem o North morrem de medo dele. E o vínculo da Oli não tá nem aí, ela fica pensando que as pessoas têm que ter medo dela mesmo porque ela é uma deusa e a qualquer momento ela pode matar todo mundo, e que seus Bonds são foda e também merecem respeito. Tem um momento que ela começa a brilhar e ela pensa consigo mesma, "Nossa sou tão bonita, tão perfeita". E ela ama tanto os Bonds dela, seus rapazes, é sensacional.

O vínculo chama a Oli de "menina" e é muito fofo e assustador como ela protege a Oli. Tem momentos em que o vínculo assume e faz alguma coisa, e depois apaga isso da memória da Oli como uma forma de proteger a garota. É fofo porque ela protege a garota da dor, da violência extrema, e por mais que a Oleander tenha sofrido, ela estaria completamente destroçada se o seu vínculo não tivesse feito isso. E é assustador porque é uma entidade viva que habita o corpo da menina, da Oleander, e me deu a impressão de que essa entidade é bem velha, alguma coisa muito antiga.

Eu tô começando a achar que talvez seja realmente algum tipo de deusa. Me faz pensar se todas as pessoas que tem poderes nessa sociedade tem um ser dentro delas, que todos esses vínculos são seres antigos ou de alguma outra coisa que habita o corpo deles. Uma parada meio hospedeira sabe?


Fiquei com medo de que esse vínculo/entidade fizesse algum mau, mas como mencionei anteriormente ela cuida muito da Oli, ama os Bonds e faria tudo por eles. E é muito fofo também a reação dos rapazes a essa entidade, e eles estão se acostumando cada vez mais a ver a Oli de olhos pretos. Gryphon, por conseguir ler a mente das pessoas, é o que mais se diverte ouvindo os pensamentos tanto da Oli quanto da entidade.

Eu já estava completamente apaixonada por ele no livro anterior, e nesse livro meu amor triplicou. Ele ama a Oli e o vínculo dela, tá sempre fazendo uma brincadeira ou alguma piadinha suja, e declara abertamente o quanto a ama. Aliás, acho que ninguém ainda disse as palavras "eu te amo", só ele mesmo.

Gryphon faz questão de mostrar para todo mundo que ele é um homem completamente apaixonado e devotado pela sua princesinha. Os únicos momentos assim mais tensos são quando ele fica com raiva pela Oli se colocar em perigo. Se dependesse dele ela ficaria presa num potinho, mas ele mesmo reconhece que esse medo de que algo ocorra com ela é meio insano, ela pode cuidar de si mesma. Mas a parte irracional do vínculo dele não quer nem saber, Oli deve ser protegida a todo custo.


Outra situação tensa é por conta de toda a situação com a irmã dele, que para quem não se lembra foi sequestrada pela resistência no livro anterior e por isso a Oleander invadiu um acampamento da resistência, pra ir atrás dela. Gryphon nunca tinha parado para pensar quem ele protegeria se estivesse em uma situação onde precisasse escolher. A própria família? Oli? 

Então ele finalmente tem a resposta e se sente culpado por isso. Porque se dependesse dele, ele protegeria a Oli e a irmã dele ficaria numa situação horrível. Claro que essa escolha não chegou a acontecer, ela até brinca falando que essa situação é hipotética e que ele não tem que ficar quebrando a cabeça por causa disso. Mas eu entendi o Gryphon, e é realmente uma situação muito complicada. O famoso "e se...?".


Ainda nessa parte de escolhas, como próprio nome do livro já diz os laços de sangue são testados o tempo todo. Antes de ler o livro já imaginava que talvez tivessem situações onde os personagens teriam que fazer escolhas, principalmente o Atlas. Eles realmente tiveram que tomar algumas decisões, mas não foi nada assim tão explícito nem confronto cara a cara. 

O Gabe foi um dos personagens que menos tiveram destaque nesse livro, mas teve um capítulo que foi narrado por ele que me quebrou. Ele vai visitar a mãe e fica completamente ressentido disso. A situação na casa dele não tá muito boa, e ele até diz que apesar de ter crescido em um ambiente bom, aquela casa já não é mais a casa dele. 

O verdadeiro lar dele é onde a Oli estiver, e apesar dessa ser uma cena muito fofa, me perguntei se realmente tinha necessidade disso. A mãe do Gabe aparentemente era ótima quando ele era mais novo, por que ela é assim agora? Eu entendo que ela perdeu os bonds, só que me pareceu um pouco forçado isso. "A família dele precisa ter defeito também pra família dele ser só a Oli". Nada que atrapalhe a história, foi só porque eu não acho que tinha necessidade para a narrativa da história.

Como falei, Gabe aparece bem pouco, mas nada que faz a gente sentir falta. Ele é extremamente fofo e romântico, e é muito bonitinho as cenas em que ele beija a Oli, andam de mãos dadas, ficam fazendo carinho um no outro. Nos livros anteriores o relacionamento deles parecia algo muito inicial ainda sabe? Beijo na bochecha, beijo na testa, e agora as coisas já esquentam um pouco mais. Outra coisa que descobrimos sobre o personagem e que ele é um ótimo construtor, e eu to na torcida para que no próximo livro ele tenha mais destaque.


Indo para o Atlas agora, também senti que o relacionamento dele com a Oli evoluiu muito, ao ponto dele se masturbar "na frente" dela haha. 

Foi realmente um choque no livro anterior termos visto o pai dele na resistência, e apesar de surgirem algumas teorias falando que ele pudesse ser um espião, não duvidei dele nem por um momento. Eu até reli os livros para tentar ver se tinha alguma coisa de errado com ele, alguma frase suspeita que poderia ter dito. A única coisa que fica claro é que ele estava escondendo alguma coisa, mas não dá para duvidar do amor e devoção dele pela Oli.

Com tudo isso que aconteceu no final do livro anterior e no começo desse livro, os rapazes decidiram prender o Atlas e essa parte toda para mim ficou confusa e mal explicada. Ele sabe que a Oli foi levada pela resistência e não tenta fazer nada para ir atrás dela? Talvez ele até tenha tentado, mas a impressão que me deu é que ele simplesmente se conformou e ficou esperando o North liberar ele. 

Aliás, depois que caiu a ficha de que ele tava preso dentro do próprio quarto eu fiquei mais revoltada ainda. O North foi lá, te colocou de castigo dentro do seu próprio quarto e você não faz nada? Depois que a Oli volta, leva uns dias até os dois se reencontrarem e esse não é o Atlas que eu conheço. O Atlas que eu conheço ia tacar um belo de um f***-se ia correr pra ver ela no primeiro segundo em que ela tivesse pisado o pé na porta de casa.


Outra decepção foi descobrir que da mesma forma que os rapazes seguiram em frente achando que a Oli tinha abandonado eles anos atrás, o Atlas fez a mesma coisa. Ele não sabia de muita coisa que tinha acontecido, a família dele cresceu dentro da Resistência e muita coisa ou ele não sabia ou normalizava porque cresceu ali no meio. Isso me decepcionou porque o Atlas para mim sempre tinha sido cara diferente sabe? Que sempre acreditou na Oli, que esperou ela, e aí chega esse livro e joga isso tudo no chão. 

E aí eu me pergunto, tinha necessidade de fazer isso? Não digo de crescer na resistência ou coisa e tal,  mas apaga o trecho em que ele disse que ficou com outras pessoas, que cresceu achando que a Oli tinha abandonado ele. Volta pro Atlas dos livros anteriores, que diz que NUNCA duvidou da Bond dele e que sabia que se ela tivesse fugido, não era pra abandoná-lo. Gente, eu amo a J Bree, mas isso eu não vou perdoar. NÃO TINHA NECESSIDADE, APAGA ESSES PARÁGRAFOS POR FAVOR!!!!

Tirando esses pontos que destaquei, Atlas continua sendo um seguidor fiel da Oli. Ele começa a passar várias informações sobre a resistência para o North, e até o Gryphon se surpreende com isso. Apesar de todo mundo (Gabe, Nox e North) ainda ficarem insinuando que o Atlas pode ser um traidor (o que na minha opinião é mais por motivo de birra e implicância), Gryphon detectaria se ele estivesse mentindo e ele não tava. 

Atlas traiu a própria mãe, o pai dele, até mesmo a irmã dele com informações privilegiadas por causa da Oli. Ele nem hesita na hora de fazer isso, e se sente culpado para caramba com essa situação. A irmã dele sofreu abusos físicos e psicológicos dos Bonds dela, e apesar do seu pai ser um bosta, sua mãe realmente o ama. Imagina você gostar de um parente e finalmente descobrir que esse parente é o monstro de outras pessoas? Mas o Atlas não vacila, mesmo com tantos conflitos internos, a pessoa mais importante da sua vida é e sempre será a Oli.


Outra coisa que eu achei legal também e que isso já tinha começado nos livros anteriores é o quanto a Oli e o Atlas às vezes se sentem deslocados na dinâmica da casa. Os outros rapazes cresceram juntos, trabalham juntos, então para eles é normal estar o tempo todo juntos. Só que chega uma hora que isso fica sufocante, e certas situações que para os outros são normais e cotidianas deixam a Oli extremamente constrangida, se sentindo exposta.

Eu fico feliz que nos livros anteriores ela teve um certo tempo para se adaptar, como naquele período em que ela tinha que jantar com todo mundo na sexta-feira, teve meses para se acostumar aos poucos com a convivência com eles. Apesar disso, finalmente tá caindo a ficha de que ela está morando com os namorados dela e que isso não vai passar, eles vão morar juntos o resto da vida porque eles vão casar ou sei lá o quê. 

O destino deles é estar juntos, e uma coisa era lidar com eles como se fosse em colegas de quarto. Outra coisa é realmente admitir que tá apaixonada por eles. Por exemplo, se ela dorme no quarto de um deles, e aí outro chega e entra como se fosse a coisa mais normal do mundo, o que você faz?


Isso realmente aconteceu várias vezes, ela acordando com cabelo todo bagunçado, o rosto amarrotado, dormindo nos braços de um e aí entra o outro que já vai beijando ela, sentando, como se estivesse em casa. Ou as vezes não é nem um "intruso", ela acorda seminua e tem 2, 3 caras ali. E aí de novo entra essa questão, os outros cresceram juntos isso para eles é realmente normal. Ou eles estão conversando alguma besteira, ou estão falando de trabalho. Por mais que sejam ciumentos e possessivos, eles estão OK de compartilhar a Oli e não se importam nem de transar na frente do outro com ela (SIM, ISSO ACONTECEU!!!).

Agora vamos falar do North? Em disparada é o personagem que mais mudou durante a saga. No primeiro livro ele estava totalmente desconfiado da Oli, achava que ela realmente tinha fugido e abandonado eles de propósito, prendeu ela numa corrente de ferro. No segundo livro isso ainda aconteceu, ele dando ordens, ela provocando, apesar de que ali mais para o finalzinho eles já começaram a conversar um pouco mais sério, sem tanta provocação e formalidade. Agora nesse livro, uau. Faltou muito pouco para o North se ajoelhar e fazer uma grande declaração de amor para a Oli.

Agora que finalmente entende o que aconteceu, ele afrouxou um pouco mais as rédeas. Ele beija a Oli, anda de mãos dadas com ela, dá abraços e carinhos, e o mais surpreendente de tudo: demonstração pública de afeto!!! É até engraçado isso, porque a Oli às vezes fica na dúvida se deveria ir até ele em publico, e ele nem pensa duas vezes. Ele está numa reunião super importante do conselho? Lá está ele puxando a Oli pro colo dele. Sério, é muito quente as cenas dos dois. A Oli finalmente se permite olhar de verdade pro North e fica super constrangida e tímida no início, imagina? Ela com seus 19 aninhos e sem experiência alguma em relacionamentos, toda rebelde, respondona, "juvenil". Ele com seus 28 anos, de terno e gravata, cheio de responsabilidades e exalando "maturidade" e responsabilidade. Intimidante. 


Eu penso que o que facilitou mais nesse início de relacionamento entre os dois (um relacionamento amoroso tá, o que a gente não tinha visto muito bem os outros livros) foi o North ter sido tão paciente e saído um pouco da figura autoritária. 

Ok, ele ainda é autoritário, mandão, dominador, mas não é só o homem de terno e gravata sabe? Ele permitiu a Oli olhar quem ele é por trás disso tudo. Tem até uma cena que eles estão tomando banho juntos que a Oli fica comparando o tamanho deles, o fato dele ser uns 30 centímetros pelo menos mais alto que ela, dos olhos dele estarem tão pertos, o cabelo dele molhado... ele lavando o cabelo dela... Ele é perfeito, um sonho de consumo, nunca errou e se errou foi tentando acertar. 


Sobre o Nox, não tem muito o que dizer: continua um babaca. Se antes tínhamos alguma dúvida, agora temos certeza de que algo muito ruim aconteceu com ele. O que exatamente? Não sabemos. Mas a coisa é tão séria que até o vínculo da Oli respeita os limites dele. Deu a entender que os dois conversaram, ele contou algo pra ela e ela entendeu - o vínculo tá, a Oli não faz ideia.

Outra coisa que descobrimos é que às vezes ele dorme na cama com ela, e que os vínculos dos dois conversam de madrugada - mas nem o Nox nem a Oli sabem. Bom, o Nox sabe que eles conversam, mas não sabe sobre o que. O vínculo da Oli chama o vínculo do Nox de "deus da morte", algo assim. 

No final, temos uma revelação surpreendente, que eu to torcendo pra ter uma boa explicação ou um bom motivo pra ter acontecido. E que chegue março de 2022 para lermos a continuação! E vocês, já leram? O que acharam?

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